terça-feira, 26 de junho de 2012

METÁFORA

DIZ CERNE

Estrutura embrionária, aquela da origem
Produto fecundo tornado em forma e espécie
Ser ingênuo de pouca idade, infantil e imaturo.
Ocultado sob a terra... Isolado... Único.

Torna incremento, de súbito se manifesta
Avoluma-se e expurga em franca exposição
Toma corpo, ergue-se a pleno pulmão
Ganha forma, espécie e classificação.

Robusto, corpulento, vigoroso e consistente
Adulto e absoluto impõe sua majestade
Feito mãos se faz raiz, segura ao chão
No cume a copa um chapéu e proteção.

No fortuito evento desastroso a recusa
Faz o ser pensante atribuir seu tombamento
Na atitude insensata de galgar futuro
Destrói o bem maior que garante um orgulho

No fio cortante do aço forjado
Estocadas certeiras de vinco mirado
Atinge o cerne do ancião poderoso
Leva-o ao chão num estrondo medroso.

Escrínio2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

COLECIONADOR

O colecionador tem uma forma agradável de ser o guardador soberano do interesse solitário de guardar algo sem valor monetário e tão somente a ele agrega-se o poder de ter.

Sem a importância do bem guardado, se são vitorias ou derrotas todas têm o sentimento inoportuno da satisfação pessoal independente da ação usada e a forma na qual se predispôs no aparte do fato.

Não basta a lembrança apenas, tem que haver solidez no corpo que se habita, tocar e sentir na busca do sentimento pelo idolatrado, mesmo que seja inanimado.

São inúmeras as faces do colecionador, e tão quantos são inúmeros os objetos colecionáveis em todas as etapas da sua existência.

De tão insano e apocalíptico que é, torna-se o próprio bem colecionado.

*Escrínio2012